Simpatia, meu anjinho, é o canto do passarinho, é o doce aroma da flor; são nuvens dum céu dagôsto, é o que me inspira teu rosto... Simpatia, é quase amor!
À minha terra formosa que eu amo do coração, quero enviar uns suspiros nas asas da viração.
Seja grande embora o crime, o perdão sempre é sublime.
Que saudades que tenho da aurora da minha vida, da minha infância querida que os anos não trazem mais! Que amor, que sonhos, que flores naquelas tardes fagueiras à sombra das bananeiras debaixo dos...
Minha alma é triste como a flor que morre pendida à beira do riacho ingrato; nem beijos dá-lhe a viração que corre, nem doce canto o sabiá do mato!
Eu sinto que esta vida já me foge qual d'harpa o som final, e não tenho, como o náufrago nas ondas, nas trevas um fanal!
Um ser que nós não vemos é maior que o mar que nós tememos, mais forte que o tufão, meu filho: é Deus.
Assim como a linda rosa, murcha e cai no seu rosal, não resistindo, mimosa, ao sopro do vendaval, a vida também se extingue quando estala o coração pela perda duns amores... a derradeira ilusão.
A vida é um deserto aborrecido sem sombra doce, ou viração calmante.
A primavera é a estação dos risos.
A velhice tem gemidos: a dor das visões passadas; a mocidade queixumes; só a infância tem risadas.
Eu vi-a e minha alma antes de vê-la sonhara-a linda como agora a vi; Nos puros olhos e na face bela, dos meus sonhos a virgem conheci.
Minha alma é triste como o grito agudo das arapongas no sertão deserto; e como o nauta sobre o mar sanhudo, longe da praia que julgou tão perto!
A simpatia é um sentimento que nasce sincero no coração.
Amor é a fonte que nasceu nas pedras e mata a sede à caravana errante.
A vida é triste. Quem nega? Nem vale a pena dizê-lo. Deus a parte entre os seus dedos qual um fio de cabelo.
Na mocidade, na estação fogosa, ama-se a vida.
Que tem a morte de feia? Branca virgem dos amores, toucada de murchas flores, um longo sono nos traz; e o triste que em dor anseia, talvez morto de cansaço, vai dormir no teu regaço como num claustr...
Minha alma é triste como a voz do sino carpindo o morto sobre a laje fria; e doce e grave qual no templo um hino, ou como a prece ao desmaiar do dia.
O mar é – lago sereno; O céu – um manto azulado; O mundo – um sonho dourado; A vida – um hino d’amor!
Eu me lembro, eu me lembro! Era pequeno e brincava na praia; o mar bramia e, erguendo o dorso altivo, sacudia a branca espuma para o céu sereno.
São duas almas bem gêmeas que riem no mesmo riso, que choram nos mesmos ais; São vozes de dois amantes, duas liras semelhantes, ou dois poemas iguais.
Se eu soubesse que no mundo existia um coração, que só por mim palpitasse de amor em terna expansão; Do peito calara as mágoas, bem feliz eu era então!
Como são belos os dias do despontar da existência! Respira a alma inocência como perfumes a flor.
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