Há momentos infelizes em que a solidão e o silêncio se tornam meios de liberdade.
Agradar a si mesmo é orgulho, aos demais, vaidade.
Um homem competente é um homem que se engana segundo as regras.
A guerra é um massacre entre pessoas que não se conhecem para proveito de pessoas que se conhecem, mas não se massacram.
A guerra é um massacre de homens que não se conhecem em benefÃcio de outros que se conhecem mas não se massacram.
Verdadeiramente bom só é o homem que nunca censura os outros pelos males que lhe acontecem.
A ignorância oscila entre a extrema ousadia e a extrema timidez.
Um homem sozinho está sempre em má companhia.
Deus criou o homem e, não o achando bastante solitário, deu-lhe uma companheira para o fazer sentir melhor a sua solidão.
O homem feliz é aquele que ao despertar se reencontra com prazer e se reconhece como aquele que gosta de ser.
A felicidade tem os olhos fechados.
A «felicidade», ideia animal. Essa palavra só tem sentido animal. O organismo feliz ignora-se.
Nem sempre sou da minha opinião.
Em todas as coisas inúteis tem de se ser genial ou então não se meter nelas.
Um homem de génio é aquele que mo transmite.
O talento sem genialidade é pouca coisa. A genialidade sem talento não é nada.
A fortuna aumenta a vida, na medida em que aumenta a possibilidade, que é a própria vida sentida. A vida é a conservação do possÃvel.
A definição de belo é fácil: é aquilo que desespera.
Muitas vezes as objecções nascem do simples facto de que aqueles que as fazem não são os mesmos que tiveram a ideia que estão a atacar.
O espÃrito condena tudo o que não inveja.
O espÃrito vive da diferença, o afastamento existe, a plenitude deixa-o inerte.
O nosso espÃrito é feito de desordem, acrescido de um desejo de ordenar as coisas.
O que nos força a mentir é o sentimento da impossibilidade de os outros compreenderem inteiramente a nossa acção. Mesmo a mentira mais complicada é mais simples que a verdade.
O poder sem abuso perde o encanto.
O problema do nosso tempo é que o futuro não é o que costumava ser.
A revolução faz em dois dias a obra de cem anos e perde em dois anos a obra de cinco séculos.
Os homens distinguem-se por aquilo que mostram e assemelham-se por aquilo que escondem.
A vaidade, grande inimiga do egoÃsmo, pode dar origem a todos os efeitos do amor pelo próximo.
O homem enfeita-se com a sua sorte.
A vaidade, grande inimiga do egoÃsmo, pode engendrar todos os efeitos do amor ao próximo.
A glória consiste em tornarmo-nos um assunto, ou um substantivo comum, ou um epÃteto...
Sei que há um prazer violento que se chama gozar. Adivinhei-o noutros tempos, num momento de embriaguez...é quando a alma se conhece a si própria.
Todos os nossos inimigos são mortais.
Os livros têm os mesmos inimigos que o homem: o fogo, a humidade, os bichos, o tempo e o próprio conteúdo.
O grande triunfo do adversário é fazer-nos crer o que diz de nós.
O número dos nossos inimigos varia na proporção do crescimento da nossa importância. Acontece o mesmo com o número dos amigos.
A consciência reina e não governa.
Um grande homem é aquele que morre duas vezes. Primeiro, como homem; e depois, como grande homem.
O que me interessa nem sempre é o que tem importância para mim.
Um homem de negócios é um cruzamento entre um dançarino e uma máquina de calcular.
Os que compreendem não compreendem que se não compreenda.
Se tudo fosse claro, tudo nos pareceria inútil.
A morte é uma surpresa que o inconcebÃvel faz ao concebÃvel.
As meditações sobre a morte (género Pascal) são feitas por homens que não têm que lutar pela vida, de ganhar o seu pão, de sustentar filhos. A eternidade ocupa aqueles que têm tempo a perder. ...
A morte rouba toda a seriedade à vida.
A morte fala-nos com uma voz profunda para não dizer nada.
Quantas coisas é preciso ignorar para agir!
A acção é uma loucura passageira.
Todos os homens sabem uma quantidade prodigiosa de coisas que ignoram saber. Sabermos tudo quanto sabemos? Essa simples investigação esgota a filosofia.
Apenas se ofende a Deus, que é o único que perdoa.
Somos todos campos de batalha, nos quais se digladiam deuses.
Meditar, em filosofia, é encaminharmo-nos do conhecido para o desconhecido, e aqui defrontar o real.
Um artista nunca termina a sua obra; simplesmente a abandona.
Os espÃritos valem conforme aquilo que exigem. Eu valho aquilo que quero.
Quando atingimos o objetivo, convencemo-nos de que seguimos o bom caminho.
O objetivo profundo do artista é dar mais do que aquilo que tem.
Elegância é a arte de não se fazer notar, aliada ao cuidado sutil de se deixar distinguir.
O orgulho mais inacessÃvel nasce principalmente de uma impotência.
Estamos ameaçados por duas calamidades: a ordem e a desordem.
Se a regra é a desordem, pagarás por instituir a ordem.
Há uma espécie de reciprocidade entre a necessidade e o objeto que a satisfará. Não penso em beber; mas este copo ao meu alcance dá-me sede. Tenho sede e imagino o copo de água delicioso.
O homem que renuncia ao mundo coloca-se em situação de o compreender .
O que separa a alma do corpo não é a morte, é a vida.
O problema dos nossos tempos é que o futuro já não é o que era.
A glória não depende do esforço, que é geralmente invisÃvel; depende apenas da encenação.
Não hesito em declarar: o diploma é o inimigo mortal da cultura.
Todo pensamento é uma exceção da regra geral, que é não pensar.
A história justifica tudo quando se quer. Ela não ensina rigorosamente nada, pois contém tudo e dá exemplos de tudo.
A tática arruina a estratégia; a batalha que se ganhara harmoniosamente no papel perde-se em pequenas coisas no terreno.
Toda pessoa espera por um milagre - de sua mente, de seu corpo, de outras pessoas ou, simplesmente, dos acontecimentos.
Sendo a moda a imitação de quem pretende dar nas vistas àqueles que não o desejam, resulta daqui que ela muda automaticamente. Mas os comerciantes acertam esse relógio.
Como fazer para não fazer nada? Não conheço no mundo nada mais difÃcil. É um trabalho de Hércules, um aborrecimento de todos os instantes.
O natural é aborrecido.
Toda a discussão reduz-se a dar ao adversário a cor de um tolo ou a figura de um canalha.
Todo aquele que participa de uma discussão defende duas coisas: uma tese e a si mesmo.
Os homens se diferenciam pelo que mostram, e se parecem pelo que escondem.
Convicção - Palavra que permite pôr, com a consciência tranquila, o tom da força ao serviço da incerteza.
Quem não pode atacar o argumento ataca o argumentador.
A fraqueza da força é só crer na força.
É por vezes um espinho oculto e insuportável, que temos cravado na carne, que nos torna difÃceis e duros para com toda a gente.
Um chefe é um homem que precisa dos outros.
Quando alguém te lambe as botas, coloca-lhe o pé em cima antes que comece a morder-te.
O eu é odioso mas trata-se do eu dos demais.
Todos os sistemas são empreendimentos do sistema contra si mesmo.
O poema - essa hesitação prolongada entre o som e o sentido.
Os meus versos têm o sentido que se lhes empresta.
Nossos pensamentos mais importantes são os que contradizem nossos sentimentos.
As objecções nascem, com frequência, do simples facto de aqueles que as fazem não terem encontrado, eles mesmos, a ideia que atacam.
Deus fez tudo de nada. Mas o nada aparece.
Os corações dos nossos amigos são frequentemente mais impenetráveis que os dos nossos inimigos.
Peça desculpas quando agir bem; nada fere tanto.
Duas coisas ameaçam o mundo: A ordem e a desordem.
Todos os classicismos implicam um romantismo anterior... A ordem implica uma certa desordem que ela vem reduzir.
Sou como uma pessoa honesta, visto nunca ter sido assassinado, roubado, violado, a não ser em imaginação. Não seria honesto sem estes crimes.
Pois se o eu é odioso, amar ao próximo como a si mesmo torna-se uma atroz ironia.
Se o Estado é forte, esmaga-nos. Se é fraco, perecemos.
Todos os homens fecundos da natureza se desenvolvem de uma maneira egoÃsta; o altruÃsmo humano, que não é egoÃsta, é estéril.
O que tem sido acreditado por todos, e sempre, e em toda a parte, tem toda a probabilidade de ser falso.
Dizem-nos por vezes - é um fato - inclinai-vos perante os fatos. Ou seja, acreditai. Acreditai porque aqui o homem não interveio.
O nosso saber consiste em grande parte em 'acreditar saber' e em acreditar que outros sabem.
Um poema nunca está acabado, somente abandonado.
Um ciclone pode arrasar uma cidade, mas não consegue abrir uma carta.
Nenhuma nação gosta de considerar os seus infortúnios como seus filhos legÃtimos.
É próprio das censuras violentas tornar credÃveis as opiniões que elas atacam.
Nós outras, civilizações, sabemos agora que somos mortais.
A meditação é um vÃcio solitário que cava no aborrecimento um buraco negro que a tolice vem preencher.
O homem é absurdo por aquilo que busca, grande por aquilo que encontra.
O mundo só vale pelos radicais e só dura graças aos moderados.
O que é simples é sempre falso. O que o não é, não serve para nada.
Amar é ser estúpidos juntos.
A morte é a união da alma e do corpo, dos quais a consciência, o estado de alerta e o sofrimento são a desunião.
A história é o mais perigoso produto jamais preparado pela quÃmica do intelecto. Provoca sonhos, inebria as nações, sobrecarrega-as com falsas reminiscências.
A saúde é o estado no qual as funções necessárias se cumprem insensivelmente ou com prazer.
As coisas a propósito das quais encontramos mais depressa as mais justas e vigorosas palavras, são certamente aquelas que estamos vocacionados para fazer ou para aprofundar.
Um Estado é tanto mais forte quanto pode conservar em si mesmo o que vive e age contra ele.
A ingratidão vem sempre daqueles de quem menos esperamos.. por isso doà tanto! No entanto, ela pod
Qualquer que seja a verdade ela sempre é preferÃvel a qualquer falsidade! Em Frases de Falsidade e
O Natal é uma época especial onde a famÃlia e o amor deverão ser renovados. A união, a paz e a
Todos os dias nos trazem um novo acordar e, com ele, novas oportunidades e novas formas de fazer dif
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