Eu sou a terra, eu sou a vida. Do meu barro primeiro veio o homem. De mim veio a mulher e veio o amor. Veio a árvore, veio a fonte. Vem o fruto e vem a flor.
Enfeitei de folhas verdes a pedra de meu túmulo num simbolismo de vida vegetal.
O amigo não passa a mão quando fizemos algo errado, está firme ao nosso lado, puxa a orelha, chama a razão!
Morta... serei árvore, serei tronco, serei fronde e minhas raÃzes enlaçadas à s pedras de meu berço são as cordas que brotam de uma lira.
Nasci em tempos rudes. Aceitei contradições, lutas e pedras como lições de vida e delas me sirvo. Aprendi a viver.
Eu sou aquela mulher a quem o tempo muito ensinou. Ensinou a amar a vida e não desistir da luta, recomeçar na derrota, renunciar a palavras e pensamentos negativos.